sábado, 6 de junho de 2009
sábado, 7 de março de 2009
Das volúveis sinestesias...
a minha cara grita quem eu sou...
no entanto, meus ouvidos
nunca alcançaram as palavras,
e enquanto meu nariz aspira o sabor de minha existência
guardo na boca alguns sonhos inodoros...
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina
* Composição: Caetano Veloso
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"A vida pra mim não é solidificar-se, ao contrário, é desprender-se." (Patrícia L.)
DESEJO ENCARNADO
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* Foi de 1 desejo vibrante e "encarnado"- no dúbio sentido mesmo (rs) ,
que escrevi os versos abaixo:
VermelhO é meu desejO por teu corpO
e tudo se adensa a essa interminável sensaçãO:
as paredes do meu quartO,
o espelho , os mínimOs os recantos da imaginação...
'Inda plantO essa cor viva no meu horto mortO,
findo as horas em devaneio nessa estampada atração!
***** Memórias da caixa de Pandora
Trancada na escuridão das memórias turbulentas ,
por um triz me perco entre verdades cinzentas .
Faço baú de mim mesma, fecho-me de angústias vividas
prisão imperfeita, deixa-me emoções espargidas.
Então se esvaecem minhas sensações afora
e de 1 devaneio fulminante arrebatam-me, Caixa de Pandora.
Abatida minh'auréola de sonhos, Neste ambiente repgnate e hostil
que evoca à alma sequer nenhum calafrio
é onde parasito meu corpo sombrio.
Num porto onde atraca a solidão
tragam-me o amor em conta-gotas, faça-se urgente efusão
que cesse a maresia atroz e sanguinolenta
atraque assim, minha dor passional e violenta
Que colem de desejos minhas frestas palpitantes,
devolvam-me a penumbra exorbitante.
Já desculpada à audácia atroz de tentar ser reluzente
em ornar de amor minha dor vivente!
Permita consumir-me em minha sina errante,
em nunca desfrutar a condição de amante!